Dr. Gustavo R. Moreno | Lipoenxerto, Lipofilling, Lipoplastia Mamária Rio de Janeiro e Brasília

Aumento de mama com gordura Rio de Janeiro e Brasília: Lipoenxerto, lipofilling, lipoplastia mamária


As mamas podem ser aumentadas com enxerto de gordura dando um aspecto muito natural e sem necessidade de silicone.


O lipofilling de mama consiste no aumento do volume das mamas injetando gordura obtida de outros lugares através de lipoaspiração. É um procedimento que nos dias de hoje vem sendo utilizado de maneira crescente por muitos cirurgiões no mundo, a pesar de ainda existirem controvérsias de alguns especialistas sobre a segurança da técnica, especialmente no que tange à detecção precoce do câncer de mama, devido às micro-calcificações que podem aparecer após a necrose (morte) de algumas células adiposas transplantadas.

Na nossa prática médica temos utilizado esta técnica em um número não muito grande de pacientes, não por não dominarmos a técnica, mas devido ao nosso rigoroso critério de seleção das pacientes, que limitam as candidatas a esta cirurgia somente a aquelas pacientes que:

  • Tenham mamas de consistência mista: adipo-glandulares (nem duras, nem muito moles)
  • Desejem aumento pequeno ou moderado (máximo 200 ml por mama)
  • Tenham adequada área doadora (utilizamos gordura da região lombar)
  • Não tenham nenhum fator de risco para câncer de mama: puberdade precoce (primeira menstruação abaixo dos 12 anos de idade), uso prolongado de anticoncepcionais, nuliparidade (que não tenham filhos), menopausa após 55 anos, obesidade atual ou infantil, exposição prolongada à radiação ionizante (radioterapia), uso frequente de álcool, tabagismo, consumo frequente de maconha. Adicionalmente estão relacionados à presença de mutações em determinados genes transmitidos na família, especialmente BRCA1 e BRCA2. Mulheres com histórico de casos de câncer de mama em familiares consanguíneos, sobretudo em idade jovem; de câncer de ovário ou de câncer de mama em homem, podem ter predisposição genética e são consideradas de risco elevado para a doença.

A técnica é segura?

Existe controversia atualmente sobre a segurança no quesito detecção precoce do câncer de mama. Embora muitos autores vem publicando artigos recentemente demonstrando a segurança da técnica, a última palavra ainda não foi dita.

Dispomos de vasta bibliografia autorizando-nos a realizar esta cirurgia com segurança em pacientes que não tenham os fatores de risco acima relatados. Existe a vantagem adicional de não utilizarmos implantes (corpos estranhos) que embora muito seguros, tem o risco de infecção e contratura capsular. Mas tudo isto deve ser discutido conosco na consulta para determinarmos a viabilidade da técnica em cada caso.

Quais os riscos e possíveis complicações?

Nenhuma cirurgia é isenta de riscos e esta não é a exceção. Entre eles temos:

  • Reabsorção assimétrica da gordura que necessite de retoques para simetrizar
  • Formação de cistos gordurosos por morte das células enxertadas (como em qualquer lipoenxertia)
  • Presença de micro-calcificações tardias por morte das células enxertadas (hoje raras com o uso de micro-cânulas)
  • Infecção e mastite por contaminação da gordura enxertada após a cânula passar pelas glândulas (rara)
  • Aumento do risco de câncer de mama (hipótese não comprovada cientificamente)

Como prevenir estes riscos?

O primeiro passo para ter uma lipoplastia mamária de sucesso é a seleção das pacientes (vide a lista acima). Posteriormente, através de uma técnica cirúrgica apurada, depositamos cuidadosamente a gordura em múltiplos túneis entre-cruzados, realizando uma lipoplastia estrurutada. Esta técnica permite que as células transplantadas sejam adequadamente irrigadas, evitando a sua morte e as complicações decorrentes dela.

 

Bibliografia

  1. Alexandre Roriz Blumenschein; Ruffo Freitas-Junior; Andrea Thomazine Tuffanin; Danielle Isadora Blumenschein. Lipoenxertia nas mamas: procedimento consagrado ou experimental?. In. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica. Artigo de Revisão – Ano 2012 – Volume 27 – Número 4
  2. Gabriel Vieira Braga Ferraz Coelho; Felipe de Vilhena Moraes Nogueira; Vagner Franco da Silveira Junior; Camila Zirilis Naif de Andrade; Hélio Humberto Angotti Carrara; Harley Francisco de Oliveira; Marcelo Felix da Silva; Jayme Adriano Farina Junior. Avaliação oncológica após reconstrução mamária com lipoenxertiaArtigo Original – Ano 2014 – Volume 29 – Número 2.
  3. Fatores de Risco para Câncer de Mama. Instituto Nacional do Câncer INCa.
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  8. Illouz YG, Sterodimas A. Autologous fat transplantation to the breast: a personal technique with 25 years of experience. Aesthetic Plast Surg. 2009;33(5):706-15

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